30 de setembro de 2009

Adeus Pepsi, olá Coca-Cola

Hoje Há publicidade a uma cola- coisa que se poderá tornar rara.
Depois de na segunda-feira passada a PepsiCo ter anunciado que vai deixar de fazer publicidade à Pepsi, com efeitos imediatos, a Gerência deparou-se com este filme da Coca-Cola Zero, "Happy Kingdom", fresquinho fresquinho, criado pela Ogilvy Argentina, com produção da Passion Pictures e realização de Pete Candeland.
Aparentemente, a empresa vai canalizar o orçamento anual de publicidade (de 1.3 biliões de dólares) para caridade, prémios para os colaboradores com salários mais baixos e poupanças.
Numa coisa Indra K. Nooyi (CEO da PepsiCo) tem razão: quem não gosta de Pepsi, não gosta. Eu até gosto, mas confesso que peço sempre uma Coca-Cola.
Talvez por coisas que ela acha que não servem para nada, como... os anúncios.
Ao pôr em causa 70 anos de publicidade e marketing, será que ela está também a pôr em causa a sua marca? Será o "boca-a-boca" suficiente para fazer vender um produto? Qual será o futuro da marca? E será que outras lhe seguirão os passos?
Esperemos para ver.

18 de setembro de 2009

Hoje Há merda



Neste mundo das ideias (como em todos os outros, aliás) merda é coisa que não falta, ainda que esta não faça falta nenhuma, exceptuando, naturalmente, o mundo puramente fisiológico.

Não estranharão, portanto, que partilhe esta convosco. Esta fralda, esta ideia e esta merda, a razão da escassez de posts nos últimos dias.

É uma boa merda, não naquele sentido com que se profere um “boa merda” quando se analisa por ex: o plantel do Sporting (já de si parco em ideias), mas no sentido em que é uma merda que vale mesmo a pena limpar. É uma merda que não tresanda (à excepção do mecónio, porque a isso não há pêlo do nariz que resista).

Digamos que é uma merda que é motivo de orgulho (a foto mostra isso mesmo). É merda da boa.

Agora que ficou assegurada a continuidade do negócio da família (sim, porque um pai não anda a criar uma filha para sujar as mãos com estes assuntos), a Gerência tem o prazer de anunciar que já nasceu o sócio 99218 do SCP. Pronto, lá se vai a clientela vermelha e branca...

Assim sendo, quando a merda engrossar um bocado, o mesmo acontecerá a este blog. Ou seja, só mais uns diazinhos.

Até lá, a Gerência deseja-vos tudo aquilo que não tem tido: noites descansadas.

8 de setembro de 2009

O furacão "Tsunami"

Hoje Há polémica.
Apesar de ser uma das questões mais debatidas da publicidade, a velha discussão dos "anúncios-fantasma" veio recentemente agitar o meio e a blogosfera, ainda mais do que a suspensão do telejornal da Manela agitou o país. Tudo isto a propósito deste anúncio da DM9DDB, chamado "Tsunami", supostamente para a WWF:



O título diz que "O tsunami matou 100 vezes mais pessoas que o 11 de setembro." Ou seja, temos de cuidar do planeta, blá blá blá.

Para quem não tem seguido o assunto, há tantos blogs e sites onde ler sobre a coisa que o Hoje Há vai só indicar um (contém vários links) ou dois.

Parece claro que os "fantasmas" só existem porque existem festivais de publicidade. Festivais trazem prémios, prémios trazem visibilidade, visibilidade traz negócio para as agências e aumentos para os criativos. É tão apetecível que, tal como a Carolina Patrocínio afirmaria, é preferível fazer batota.

Só que, depois de anos e anos a premiar batota e a deixar de lado trabalho honesto e "real", os festivais estão a cavar a sua própria sepultura. Estão a perder credibilidade. E de nada servem prémios a quem ninguém liga, ainda para mais quando as inscrições (e as estatuetas, como vimos aqui) nesses festivais são pagas a peso de ouro. E os festivais, que no fundo são um negócio como outro qualquer, estão perante um dilema: ou evoluem ou morrem. A este propósito, aconselha-se a leitura deste post no The Denver Egotist, anterior a esta recente polémica.

Soluções? Apertar critérios, premiar o excelente, deixar de lado os fantasmas. Como? É difícil, mas haverá várias formas. A Gerência concorda com o pessoal do The Dog & Pony Show que nest post sugere um esquema de sanções para todos aqueles apanhados a fazer batota, tipo: anúncio 100% fantasma- agência banida durante 10 anos dos festivais: anúncio "versão do realizador" ou alterado de forma a ficar mais "premiável"- agência banida durante 5 anos; anúncio que passou às 4h da manhã na Madeira ou que foi veiculado 1 vez, pago pela agência, 2 anos banida; todos aqueles que constem nas fichas técnicas, o dobro do castigo das agências.

Isso é que ia ser.

Será fácil de implementar? Alguns argumentarão que não, mas a verdade é que o The One Showanunciou que o vai fazer (notícia no site do Clube de Criação de S. Paulo).
Será que outros o seguem? Haverá coragem para o fazer? A ver vamos.

Caso se verifique, nada será como dantes. Será um verdadeiro furacão nos festivais de publicidade. E na própria publicidade. Um furacão desencadeado por um tsunami.

3 de setembro de 2009

Contentores

Hoje Há contentores. O designer inglês Oliver Bishop-Young resolveu catalogar todos os contentores da sua área, georeferenciá-los e intervir em alguns, tornando-os "espaços públicos". A Gerência gosta e sugere uma visita rápida ao site do rapaz.









2 de setembro de 2009

art and copy

Hoje Há um trailer.
Já anda a ser servido por tudo quanto é sítio, mas não pode deixar de o ser aqui também.
Do realizador Doug Pray (SURFWISE, SCRATCH, HYPE!), Art & Copy é um filme/documentário que conta com a participação de algumas das mais influentes cabecinhas do mundo da publicidade. Gente que revolucionou esta indústria na década de 60 e que é desconhecida do público em geral: George Lois, Mary Wells, Dan Wieden, Lee Clow, Hal Riney entre outros, têm de certeza coisas interessantes para dizer sobre publicidade, mas não só.


Dica: M. L. de Carvalho.